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A língua portuguesa
Por questões diplomáticas a solução encontrada para unificar o idioma foi realizar uma reforma ortográfica que padronizaria a escrita em todos os países da CPLP.
A discussão se estendeu por anos e defensores da polêmica unificação afirmam que a reforma é uma decisão política, já que facilitaria a entrada do quinto idioma mais falado do mundo para a lista das línguas oficiais da ONU, facilitaria buscas na internet e unificaria os termos jurídicos em contratos internacionais. Em dia 16 de maio, após 18 anos do seu lançamento, o parlamento português aprovou os termos da reforma.
Embora os portugueses, como legítimos donos da língua, tivessem resistido mais tempo às mudanças, a reforma terá impacto pequeno, somente no registro da língua. É algo ínfimo ante os benefícios de ter um idioma reconhecido pela ONU. Afinal, é preciso entender que a ortografia-padrão facilitará sobremaneira o intercâmbio cultural.
Veja o que muda conforme o Acordo Ortográfico:
Trema: o acento será totalmente eliminado. Assim, ‘freqüente’ passa a ser ‘frequente’.
Acentos em ditongos: acaba o acento nos ditongos 'ei' paroxítonos. Dessa maneira, 'idéia' vira 'ideia'.
Acento circunflexo: quando dois 'os' ficam juntos também some. Logo, 'vôo' vira 'voo'.
Cai o acento diferencial: o acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Conseqüentemente, 'pára' do verbo parar vai ficar apenas 'para'.
Hifens: sai a maioria dos hifens em palavras compostas. Assim, pára-quedas vira paraquedas. Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h, como pré-história. Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra são as mesmas, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas.
Inclusão de letras: as letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras.