segunda-feira, 30 de março de 2009

ACORDO ORTOGRÁFICO


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A língua portuguesa é, sem dúvida, um dos maiores legados deixados por Portugal a suas colônias. Hoje em dia, o Português é falado por cerca de 230 milhões de pessoas em oito países diferentes (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste). Os brasileiros são a maior nação participante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): somos 190 milhões de falantes da língua e a cada três pessoas que falam português no mundo, uma é brasileira.

Por questões diplomáticas a solução encontrada para unificar o idioma foi realizar uma reforma ortográfica que padronizaria a escrita em todos os países da CPLP.

A discussão se estendeu por anos e defensores da polêmica unificação afirmam que a reforma é uma decisão política, já que facilitaria a entrada do quinto idioma mais falado do mundo para a lista das línguas oficiais da ONU, facilitaria buscas na internet e unificaria os termos jurídicos em contratos internacionais. Em dia 16 de maio, após 18 anos do seu lançamento, o parlamento português aprovou os termos da reforma.

Embora os portugueses, como legítimos donos da língua, tivessem resistido mais tempo às mudanças, a reforma terá impacto pequeno, somente no registro da língua. É algo ínfimo ante os benefícios de ter um idioma reconhecido pela ONU. Afinal, é preciso entender que a ortografia-padrão facilitará sobremaneira o intercâmbio cultural.


Veja o que muda conforme o Acordo Ortográfico:
Trema: o acento será totalmente eliminado. Assim, ‘freqüente’ passa a ser ‘frequente’.
Acentos em ditongos: acaba o acento nos ditongos 'ei' paroxítonos. Dessa maneira, 'idéia' vira 'ideia'.

Acento circunflexo: quando dois 'os' ficam juntos também some. Logo, 'vôo' vira 'voo'.

Cai o acento diferencial: o acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Conseqüentemente, 'pára' do verbo parar vai ficar apenas 'para'.

Hifens: sai a maioria dos hifens em palavras compostas. Assim, pára-quedas vira paraquedas. Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h, como pré-história. Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra são as mesmas, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas.

Inclusão de letras: as letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras.

quinta-feira, 19 de março de 2009

UMA MULHER DE GRANDE PERCEPÇÃO




A estudante de Jornalismo Maria Aparecida Martins Birkenhead, Cida como é chamada, diz ter escolhido o curso de Jornalismo por acaso. A princípio o que lhe interessava era mesmo os cursos de Filosofia e Sociologia, não oferecidos pela faculdade que estuda, por incentivo do marido tentou o vestibular, e, ingressou no ano 2004 no Jornalismo.
De inicio diz ter gostado do curso, a partir do 4° semestre o conceito dela mudou, chegou a interromper o curso por 3 semestres.
Agora esta de volta e determinada a terminar a faculdade, porém, não quer trabalhar em nenhum meio de comunicação da mídia. Seu interesse esta ligado à neurolinguística, que segundo ela é uma ciência fascinante.
Cida ainda não definiu bem seu trabalho de conclusão de curso, mas desperta interesse em direcioná-lo ao aspecto da notícia no mundo virtual.

A futura jornalista da Web ou especialista em Neurolinguística, é fluente em seu inglês, já deu aulas em quatro escolas no Brasil logo após ter vivido por dez anos nos EUA, seu marido vive em Nova York, e, Cida no Brasil com sua linda filha de 17 anos. Hoje, trabalha como artesã na criação de bijuterias finas, apesar de sua luta diária para criar e vender diz gostar do que faz.
E veja também:
Estudante de jornalismo se preocupa com o social.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Onde está o Jornaslimo Investigativo?


A cobertura da colossal barriga relacionada à brasileira supostamente grávida supostamente atacada numa estação de trem de uma cidade suíça é um dos momentos mais asquerosos da história da imprensa brasileira. Destaque absoluto para as Organizações Globo, que agora tratam como autênticos furos de reportagem o que deviam ter checado as informações minimamente, e um prêmio de consolação para o Jornal do SBT, informaram que a imprensa suíça vem fazendo críticas pesadas à reação inicial do governo brasileiro.

A moça brasileira tinha seus problemas e provavelmente se autoflagelou.

A história da nossa imprensa irresponsável mobilizou o país, levou o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim a criticar um país amigo e o presidente Lula a quase criar um caso diplomático. É hora de denunciar a nossa grande imprensa que sem investigação, afirma e desafirma sem qualquer cuidado e sem checar as notícias.

A agressão racista contra Paula Oliveira não foi um noticiário iniciado em Zurique, local da suposta agressão. Estourou no Brasil, detonada por um pai e isso é muito compreensível, preocupado com sua filha distante. E a maior rede de televisão do Brasil, a Globo, vista por mais de uma centena de milhões de brasileiros, não teve dúvidas em transformar o caso na grande manchete do dia, fazendo com que outros milhões de brasileiros, no exterior, se solidarizassem e imaginassem passeatas e manifestações.

Essa é a maior "barriga" da história do nosso jornalismo, que revela o descalabro a que chegamos em termos de informação ou desinformação.

Essa "barriga" da Globo, secundada pela grande imprensa, prova que não há credibilidade nessa mídia. Publica-se, transmite-se qualquer coisa, e quanto mais sensacionalista melhor. Não há responsabilidade no caso de erros, de noticiário mentiroso, vale tudo, o papel aceita tudo, a televisão transmite qualquer coisa, desde que dê Ibope. Desta forma as noticias sem o jornalismo investigativo vem sendo desacreditada.